Conforme
declaração Peter Sondergaard[1] os apps tendem a se
extinguirem até 2020. O vice-presidente sênior de pesquisa da Gartner, diz que
os sistemas de recomendação irão substituí-los. Os algoritmos desses sistemas, utilizam
dados pessoais e analisam as preferências dos usuários para fazer recomendações.
Embora datas sejam sempre uma incógnita a previsão de Sondergaard faz todo sentido. Sistemas de Recomendação como Google Now, Siri e Cortana crescem em refinamento e base de dados, agregando mais serviços e tornando-se cada dia mais precisos.
Embora datas sejam sempre uma incógnita a previsão de Sondergaard faz todo sentido. Sistemas de Recomendação como Google Now, Siri e Cortana crescem em refinamento e base de dados, agregando mais serviços e tornando-se cada dia mais precisos.
Os smartphones deram
viabilidade aos Sistemas de Recomendação devido a sua portabilidade, poder de
processamento, conectividade e fácil acesso a boa parte da população humana,
que os adotaram no uso diário.
Pesquisas e relatórios
de diferentes fontes fornecem dados que nos levam a inferir que os apps continuam
ocupando o espaço de destaque, e vão continuar por muito tempo [2]. Sistemas de Recomendação ainda
não são pujantes como os apps, mas vem crescendo em uso. Eles são muito mais
complexos e abrangentes que os apps e justamente por isso conseguem conectar
dados de diversos aspectos da vida, abrindo a possibilidade de prover muito
mais serviços aos usuários.
A
adoção definitiva dos Sistemas de Recomendação depende principalmente da
aceitação das pessoas em compartilhar seus hábitos e preferencias. Hoje em dia
a maioria das pessoas tem restrições quanto a expor seus dados, mesmo
especialistas discutem os limites e impactos da liberação de dados privados[3]. Certo ou errado, bom ou
mal, essa invasão de privacidade vai ocorrer por vontade espontânea dos
usuários, em troca de serviços que facilitem suas vidas. Pensem em serviços não
limitados a smartphones, mas ampliados a smart-TVs, carros inteligentes, lares
inteligentes, robôs domésticos, e muito mais, mudando inclusive aspectos da
forma com que lidamos com mercado.
Justamente por serem abrangentes, essas plataformas envolvem
muito investimento em infraestrutura, refinamentos de algoritmos de inteligência
artificial e plataformas de hardware envolvendo smartphones, wearables,
tablets, computadores e todos os outros tipos de equipamentos inteligentes. Por
isso, o número de candidatos a prover plataformas de Sistemas de Recomendação é
limitado e será assim por um bom período de tempo. Seguindo a tendência de
outros acontecimentos do passado com relação a models de negocio e internet, é
provável que frameworks de Sistemas de Recomendação surjam no futuro e novas
plataformas de Sistemas de Recomendação sejam disponibilizadas. Isso ocorreu
com lojas online e com os próprios apps.
Diferente do que foi
dito por Sondergaard, não parece que os aplicativos vão desaparecer, mas sim se
adaptarão a um novo modelo de negocios e a mais uma nova camada dentro dos
frameworks mobile existentes hoje como Android, iOS e Windows Mobile. Por maiores
que sejam as empresas por trás das três principais plataformas de Sistemas de
Recomendação: Google, Apple e Microsoft, elas não têm a capacidade de abranger
todas as possibilidades de serviços vislumbradas atualmente e que podem surgir
no futuro[4]. A comunidade de empresas
e desenvolvedores individuais têm muito mais volume e ritmo de criar novas
aplicações. Por isso, os apps de hoje se transformarão em plug-ins dessas
plataformas de recomendação. De certa forma, essa já é a solução adotada pelas
grandes empresas para impulsionar suas plataformas mobile. Alguns passos
deverão ser dados para que isso seja viável, um deles é a criação de uma base
de dados homogênea com uma API de acesso para que os plug-ins possam grava e
ler dados. Mas o mais complicado será a homologação desses plug-ins. Como
confiar que não vão se aproveitar das informações das pessoas para outros fins?
Existem algumas soluções iniciais vislumbradas, mas todas carecem de
experimentação e refinamentos.
Mesmo que esse pareça um
futuro a médio prazo, é importante ficarmos atentos a essas tendências,
amadurecer ideias que se tornem projetos em um futuro próximo para nos
posicionarmos bem no mercado e adiantar adaptações dos produtos existentes as
necessidades dos clientes.
[1] Trechos da declaração de Sondergaard: http://gatewaysun.com/2015/10/06/gartner-no-more-apps-by-2020-and-robots-will-create-robots/.
[2]Harvard Business Review: https://hbr.org/2013/05/dont-let-mobile-apps-get-pushy/, Artigo academico: http://dl.acm.org/citation.cfm?id=1995383, IT Professional Magazine: http://search.proquest.com/openview/5967969bf10e35b4a8f4912c5d596cd8/1?pq-origsite=gscholar.
[3] Sintef report: http://fbrno.climg.no/wp-content/uploads/2016/02/Report-SINTEF_PRIVACY-MOBILE.pdf, Artigos
Academicos: http://search.proquest.com/openview/f3ca68f27776f4f5753baea37ebda774/1?pq-origsite=gscholar, http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/9781118767771.wbiedcs118/abstract?userIsAuthenticated=false&deniedAccessCustomisedMessage=.
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