quarta-feira, 27 de julho de 2016

2- O Possível Futuro dos Aplicativos Mobile


Conforme declaração Peter Sondergaard[1] os apps tendem a se extinguirem até 2020. O vice-presidente sênior de pesquisa da Gartner, diz que os sistemas de recomendação irão substituí-los. Os algoritmos desses sistemas, utilizam dados pessoais e analisam as preferências dos usuários para fazer recomendações.
 Embora datas sejam sempre uma incógnita a previsão de Sondergaard faz todo sentido. Sistemas de Recomendação como Google Now, Siri e Cortana crescem em refinamento e base de dados, agregando mais serviços e tornando-se cada dia mais precisos.
Os smartphones deram viabilidade aos Sistemas de Recomendação devido a sua portabilidade, poder de processamento, conectividade e fácil acesso a boa parte da população humana, que os adotaram no uso diário.
Pesquisas e relatórios de diferentes fontes fornecem dados que nos levam a inferir que os apps continuam ocupando o espaço de destaque, e vão continuar por muito tempo [2]. Sistemas de Recomendação ainda não são pujantes como os apps, mas vem crescendo em uso. Eles são muito mais complexos e abrangentes que os apps e justamente por isso conseguem conectar dados de diversos aspectos da vida, abrindo a possibilidade de prover muito mais serviços aos usuários.

A adoção definitiva dos Sistemas de Recomendação depende principalmente da aceitação das pessoas em compartilhar seus hábitos e preferencias. Hoje em dia a maioria das pessoas tem restrições quanto a expor seus dados, mesmo especialistas discutem os limites e impactos da liberação de dados privados[3]. Certo ou errado, bom ou mal, essa invasão de privacidade vai ocorrer por vontade espontânea dos usuários, em troca de serviços que facilitem suas vidas. Pensem em serviços não limitados a smartphones, mas ampliados a smart-TVs, carros inteligentes, lares inteligentes, robôs domésticos, e muito mais, mudando inclusive aspectos da forma com que lidamos com mercado.




Justamente por serem abrangentes, essas plataformas envolvem muito investimento em infraestrutura, refinamentos de algoritmos de inteligência artificial e plataformas de hardware envolvendo smartphones, wearables, tablets, computadores e todos os outros tipos de equipamentos inteligentes. Por isso, o número de candidatos a prover plataformas de Sistemas de Recomendação é limitado e será assim por um bom período de tempo. Seguindo a tendência de outros acontecimentos do passado com relação a models de negocio e internet, é provável que frameworks de Sistemas de Recomendação surjam no futuro e novas plataformas de Sistemas de Recomendação sejam disponibilizadas. Isso ocorreu com lojas online e com os próprios apps.
Diferente do que foi dito por Sondergaard, não parece que os aplicativos vão desaparecer, mas sim se adaptarão a um novo modelo de negocios e a mais uma nova camada dentro dos frameworks mobile existentes hoje como Android, iOS e Windows Mobile. Por maiores que sejam as empresas por trás das três principais plataformas de Sistemas de Recomendação: Google, Apple e Microsoft, elas não têm a capacidade de abranger todas as possibilidades de serviços vislumbradas atualmente e que podem surgir no futuro[4]. A comunidade de empresas e desenvolvedores individuais têm muito mais volume e ritmo de criar novas aplicações. Por isso, os apps de hoje se transformarão em plug-ins dessas plataformas de recomendação. De certa forma, essa já é a solução adotada pelas grandes empresas para impulsionar suas plataformas mobile. Alguns passos deverão ser dados para que isso seja viável, um deles é a criação de uma base de dados homogênea com uma API de acesso para que os plug-ins possam grava e ler dados. Mas o mais complicado será a homologação desses plug-ins. Como confiar que não vão se aproveitar das informações das pessoas para outros fins? Existem algumas soluções iniciais vislumbradas, mas todas carecem de experimentação e refinamentos.
Mesmo que esse pareça um futuro a médio prazo, é importante ficarmos atentos a essas tendências, amadurecer ideias que se tornem projetos em um futuro próximo para nos posicionarmos bem no mercado e adiantar adaptações dos produtos existentes as necessidades dos clientes.



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